Apresentado em Coimbra pelo primeiro-ministro, Luis Montenegro, o projeto tem o “mérito de, pela primeira vez, prever o uso eficiente da água para todo o país”, afirmou o presidente da Confederação.
“O que não pode acontecer com este anúncio é ficar na gaveta, nem dependente de ciclos políticos. A CAP apela desde já para que o mesmo seja efetivado”, sustenta a Mendonça e Moura na declaração escrita que a Confederação enviou à agência Lusa.
Segundo salienta, “esta decisão e o conjunto de investimentos que lhe está associado, assim como a visão de uma gestão integrada, merece total apoio por parte dos agricultores portugueses, independentemente dos Governos que o venham a concretizar”.
Na nota enviada à Lusa, a CAP salienta que esta visão “vai permitir o desenvolvimento da indústria, do comércio, do turismo e também da agricultura” porque, como lembra, “Portugal não tem falta do recurso água, mas sim uma enorme falta de gestão desse recurso“.
“A água é de todo o país e para todo o país. E esta visão de que onde há água há economia, onde há água há pessoas, oportunidades e desenvolvimento é a visão certa”, sustenta.
A Confederação considera que o investimento previsto de 5.000 milhões de euros em infraestruturas e tecnologia “é muito expressivo”, mas totalmente justificado, “em nome da sustentabilidade e da coesão territorial”, sendo que, associando-o a “uma visão integrada da gestão da água e com um modelo de governação que considere o país como um todo, estar-se-á finalmente a garantir o desenvolvimento da agricultura e do país de uma forma mais homogénea e equitativa”.
Com quase 300 medidas a implementar, algumas das quais até 2050, a estratégia “Água que Une” prevê a construção de novas barragens, redução de perdas nos diferentes sistemas e, como último recurso, interligação entre bacias hidrográficas.